MoMa recebe exposição de Tarsila do Amaral

MoMa recebe exposição de Tarsila do Amaral. Com Tarsila do Amaral: Inventing Modern Art in Brazil (Tarsila do Amaral: inventando Arte Moderna no Brasil), o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) e o Art Institute of Chicago apresentarão a primeira exposição da América do Norte exclusivamente dedicada ao trabalho pioneiro de Tarsila do Amaral (1886-1973), uma das maiores artistas brasileiras do século 20. Em exibição no MoMA de 11 de fevereiro a 3 de junho de 2018, a exposição se concentrará na produção crucial de Tarsila da década de 1920, traçando o caminho de suas contribuições inovadoras por meio de aproximadamente 130 obras, incluindo pinturas, desenhos, cadernos e fotografias tiradas de coleções nos Estados Unidos, América Latina e Europa. Tarsila do Amaral: inventando Arte Moderna no Brasil é organizada pelo Museu de Arte Moderna de Nova York e o Art Institute of Chicago, por Luis Pérez-Oramas, ex-curador de Estrellita Brodsky para Arte Latino-Americana no Museu de Arte Moderna de Nova York, e Stephanie D’Alessandro, ex-curador de Gary C. e Frances Comer para Arte Moderna Internacional no Art Institute of Chicago; com Karen Grimson, assistente curatorial do Departamento de Desenhos e Impressões do Museu de Arte Moderna de Nova York, e Katja Dominique Rivera, pesquisadora do Departamento de Arte Contemporânea do Art Institute of Chicago. Antes de sua apresentação no MoMA, a exposição estará em exibição no Art Institute of Chicago de 8 de outubro de 2017 até 7 de janeiro de 2018. [caption id="attachment_163306" align="alignleft" width="300"] MoMa, Tarsila do Amaral. Antropofagia, 1929. divulgação.[/caption] Figura fundamental na história da arte moderna na América Latina, Tarsila do Amaral nasceu em São Paulo na virada do século 19. Estudou piano, escultura e desenho antes de partir para Paris em 1920, onde frequentou a Académie Julian. Estudou com André Lhote, Albert Gleizes e Fernand Léger, chegando finalmente ao estilo de pintura que é sua assinatura, usando linhas sintéticas e volumes sensuais para descrever paisagens e cenas vernáculas em uma rica paleta de cores. Em janeiro de 1928, ela pintou Abaporu – uma figura alongada e isolada com um cacto em flor –, que inspirou o Manifesto Antropofágico, escrito por seu marido, o poeta modernista Oswald de Andrade, e que rapidamente se tornou uma bandeira para esse movimento artístico transformador que procurou superar influências externas e fazer uma arte para e do próprio Brasil. Nas décadas de 1960 e 1970, uma nova geração de artistas redescobriu a antropofagia e a arte de Tarsila. Os temas e as motivações por trás de seu corpo de trabalho foram revisados por artistas como Lygia Clark e Hélio Oiticica, seguidos pela geração de artistas associados ao movimento Tropicália, como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Hoje, quase 90 anos após a produção de Abaporu, a arte de Tarsila continua a ser um testemunho convincente de um capítulo crucial no modernismo latino-americano. Servindo como uma introdução tardia a esta grande modernista brasileira para os públicos da América do Norte, a exposição destacará a produção da artista na década de 1920 e suas contribuições críticas para o nascimento da arte moderna no Brasil. Combinando uma organização cronológica com uma abordagem temática, a exposição examinará a carreira de Tarsila desde o início do período parisiense até pinturas modernistas emblemáticas produzidas após seu retorno ao Brasil, terminando com suas obras de grande escala com viés social, no início da década de 1930. Central para a exposição é a reunião de três pinturas de referência: A Negra (1923), Abaporu (1928) e Antropofagia (1929), uma série transformacional de obras que foram exibidas em conjunto em sua última exposição na América do Norte em 1993, no MoMA, dedicada a artistas latino-americanos do século 20 (Latin American Artists of the Twentieth Century). A exposição também incluirá o primeiro trabalho de Tarsila a entrar na coleção do museu, Estudo de Composição (Figura Só) III (1930), juntamente com Figura Só (1930). O desenho é o último de uma série de esboços que prefiguram a pintura, o que reflete cada vez mais a crescente inclinação surrealista sintetizada de Tarsila e marca o ponto culminante da década mais prolífica de sua produção. No desenho, uma figura solitária com o cabelo soprando ao vento fica de costas para o espectador, evocando uma sensação de melancolia. Naquele ano, o casamento da artista com Oswald de Andrade terminou, e, com o colapso da economia brasileira e as perdas financeiras da família, ela assumiu um emprego como a primeira catalogadora da Pinacoteca do Estado de São Paulo, concluindo sua rica produção artística da década de 1920. A exposição será acompanhada por um catálogo ricamente ilustrado, apresentando as pinturas, os desenhos, cartas e fotografias de Tarsila, e oferecendo uma visão geral deste período crítico em sua carreira. Os ensaios de Luis Pérez-Oramas e Stephanie D’Alessandro examinam a produção da artista na década de 1920 e seu legado duradouro, e são acompanhados por uma seção documental ilustrada, uma tradução de textos críticos, uma cronologia e extensa bibliografia. Patrocínio: o principal apoio para a apresentação de Nova York é fornecido pelo Conselho Internacional do MoMA; apoio adicional fornecido pelo Fundo de Exposição Anual. Para mais informações e materiais sobre a exposição, acesse press.moma.org/2017/07/tarsila-do-amaral.]]>

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